quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Não desista dos seus amigos

 
Quando falamos de amizade muitas lembranças vem a nossa mente, pessoas, lugares, músicas; com certeza já vivemos momentos maravilhosos na companhia dos nossos amigos, mas a amizade não é feita apenas de bons momentos, existem as dificuldades e quando elas chegam precisam ser superadas.
Nos cansamos facilmente e nos abatemos por qualquer coisa, e amizade exige de nós esforço, luta diária. Uma verdadeira amizade é construída aos poucos, um ajudando o outro a superar seus limites, sempre com um olhar de misericórdia e nunca de cobrança. 

 


“Ama o teu próximo e sê fiel na amizade com ele.” Eclo 27, 18







 Querer e lutar para que o outro mude não pelo trabalho que dá, mas para que ele seja aquilo que Deus quer que ele seja, sem excluir a verdade, sem medo de ser quem somos. Não é por acaso que Deus coloca pessoas em nossa vida, cada um tem um valor especial e elas merecem o nosso carinho e respeito. Eu não posso desistir daqueles que Deus me deu, mesmo que eu tenha um pouco de trabalho, conviver vale a pena.
Precisamos participar da vida dos nossos amigos, aquilo que é importante pra ele tem que ser importante pra mim, o que o faz sofrer me faz sofrer também, e pasmem, isso é possível e aprendido com o tempo na escola dos santos, dos fortes, daqueles que deixaram de viver em função de si e olham para o outro com amor, não apenas na superfície. Permaneçamos firmes, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias de nossas vidas. Lute por seus amigos, a graça de Deus não lhe faltará.


Não deixe que um desentendimento destrua sua amizade, ninguém está isento de erros. Por isso ame, quem ama sempre vence.

Seja instrumento de amor e paz. Que Deus abençoe seu esforço.
Fabiana Pereira
Totus Tuus

domingo, 15 de agosto de 2010

Nós Fazemos as Escolhas e as Escolhas nos Fazem



Não podemos nos anular entregando a outros tal realidade

Diante de tudo o que a vida apresenta sempre nos são confiadas escolhas e opções. Diante dos dissabores que vivenciamos são diversas as possibilidades que temos para reagir: Ou crescemos com as dores – extraindo delas o devido conhecimento, ou estacionamos nelas e acabamos nos tornando pessoas amargas.

A vida é tecida por opções, por escolhas que fazemos e que acabam delimitando o sentido e as cores de nossa história.

A maneira como agimos e reagimos diante de nossas próprias fraquezas também se constitui como realidade que porta em si o poder de determinar o curso de nossa maturidade. Muitas vezes, concluímos que não somos nem temos o que gostaríamos, e isso nos causa dor. Porém, diante de tal insatisfação – tão humana e natural – temos duas opções: Ou passamos a vida inteira nos lamentando por não sermos nem termos o que idealizamos, ou nos assumimos no que somos e fazemos a vida ser feliz a partir do que temos e somos, ou seja, a partir de nosso real.

A feliz decepção de nos descobrirmos frágeis e imperfeitos pode ser motivo de estéril desgosto ou um significativo impulso para nossa maturidade. Depende da opção que fazemos e da forma como reagimos.

A felicidade é uma possibilidade que reside no real, em nossa verdade. Nunca é tarde para ser feliz e para se decidir por isso. Cada segundo que vivemos se constitui como uma possibilidade concreta para começar a construir, com nossas escolhas, nossa felicidade.

A felicidade não acontece de uma hora para outra; ela é fruto de uma construção, de pequenas e grandes escolhas que precisam ser feitas, as quais, aos poucos, edificam na vida a devida maturidade que sabe extrair sabor de tudo, dando sentido ao que se faz e ao que se vive.

Sempre encontraremos situações diante das quais precisaremos nos posicionar. Ninguém pode construir um “futuro” e uma vida feliz se diz “sim” a tudo o que lhe é oferecido.

Não podemos nos permitir ser “levados pela vida”, tampouco podemos viver sem rumo, sem saber o que queremos, porque – querendo ou não – sempre estamos indo para alguma direção. Ou fazemos escolhas conscientes sobre o que queremos ser, ou seremos “construídos” por modismos e idealizações de outros, tornando-nos assim fantoches nas mãos de uma sociedade que não respeita o que essencialmente somos.

A vida foi confiada a nossa responsabilidade. Nem tudo o que vem a nós é bom, e quem precisa decidir diante de cada situação somos nós. Não podemos nos anular entregando a outros tal realidade, a qual somente a nós compete. Não existe vida autêntica sem responsabilidade, sem assumirmos as rédeas de nossa história e sem decidirmos, de maneira coerente, por aquilo que nos tornará mais gente e, conseqüentemente, mais de Deus.

Nós fazemos as escolhas e as escolhas nos fazem… Por isso, para se construir um futuro é preciso escolher, e escolher bem.

Confiemos a Deus o rumo de nossa história, e busquemos n’Ele a força para melhor decidir, e para escolhermos aquilo que nos fará verdadeiramente felizes.

Deus o abençoe!
Adriano Zandoná

domingo, 1 de agosto de 2010

Despertar, acolher, orientar vocações


Agosto se aproxima. É tradição chamá-lo de mês vocacional. Convém refletir sobre o chamado que Deus nos fez. E como podemos ajudar adolescentes e jovens a despertar e acolher a vocação.

A vocação é dom que o Senhor faz à Sua Igreja. Se tantos lamentam a escassez de vocações não é porque Deus abandonou o Seu povo. Tampouco porque faltam pessoas imbuídas de nobres ideais. Talvez seja porque nós mesmos não vivemos o que idealizávamos nem praticamos o que prometemos. Falta-nos encantamento e entusiasmo.
A Diocese conta com uma boa equipe no Serviço de Animação Vocacional. A essas pessoas disponíveis e serviçais temos muito a agradecer. Porém, despertar, acolher e orientar vocacionáveis é tarefa de cada um de nós. Pois todos somos responsáveis pelo bem geral de nossa Igreja Particular. Não podemos nos fechar em nossa paróquia, como se fosse um gueto!
Muitos adolescentes e jovens podem nos procurar por motivos interesseiros, materialistas: O padre leva vida boa, ganha bem, tem carro e casa. Pode acontecer que seja esse o exemplo que alguns de nós damos. Mas não deveria ser esse o nosso estilo. Temos que atraí-los pelo testemunho de entrega a Deus, pela dedicação ao ministério sacerdotal, pela acolhida fraterna às pessoas, especialmente aos pobres e fracos. Numa palavra, carecemos de constante conversão...
É preciso despertar para as outras vocações: para a vida familiar, religiosa, missionária e laical-ministerial. Porém, como afirmava o Papa Bento XVI – ao longo do Ano Sacerdotal – o sacerdote é imprescindível na Igreja. O seu múnus dificilmente pode ser exercido por outras pessoas. Portanto, cada presbítero seja acolhedor e receptivo para com aqueles a cujo coração Deus confia o dom da vocação.

Somos todos também corresponsáveis pelo acompanhamento dos formandos, sobretudo, aqueles que acolhem seminaristas nos finais de semana ou nas férias. Os que perseverarem serão nossos irmãos de caminhada. É preciso tratá-los bem, desde o início. Contudo, o mais importante é a oração de súplica ao Pai para que envie operários para a Sua messe. A uma comunidade orante Deus jamais deixará sem bons servidores.
A todos irmãos presbíteros, votos de paz e plena realização pelo "Dia do Padre"!

Dom Frei Diamantino Prata de Carvalho, OFM
Bispo da Diocese da Campanha(MG)