quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Adorar, a melhor terapia

Quando comungamos, recebemos realmente o Corpo do Senhor, que tem carne, sangue, ossos, sentimentos e coração. “Os judeus discutiam entre si: ‘Como é que ele pode dar a sua carne a comer?’” (Jo 6,52)
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Jesus sabia das dúvidas que viriam e do que haveriam de dizer: que a Eucaristia é apenas um símbolo, que é apenas uma entrega “espiritual” do Senhor à Sua Igreja. Por isso Ele tornou a afirmar: “Pois minha carne é verdadeira comida e meu sangue é verdadeira bebida. Quem se alimenta com a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim, e eu nele.”

Quem recebe a Eucaristia recebe o Corpo de Cristo. É o Senhor permanecendo em nós, e nós, n'Ele.

Quando comungamos, é a pessoa inteira de Jesus que recebemos. É Jesus Ressuscitado com Seu Corpo glorioso. Entramos em comunhão com Suas chagas, que foram abertas por nós, para curar as nossas feridas e as marcas que o pecado nos deixou. Comungamos o Coração do Senhor, que amou e ainda ama cada um de nós: o mesmo Coração que foi perfurado pela lança.

O Corpo de Jesus, presente na Eucaristia, vem atingir plenamente o nosso ser.
Quantas pessoas hoje sofrem de depressão, angústia, tensão e insônia, dependendo de remédios para dormir e viver com um pouco de tranquilidade. Malefícios que são consequência da tentação, que vem para destruir tudo em nossa vida.

Para suportar a batalha espiritual na qual estamos envolvidos, precisamos da Eucaristia.

As dificuldades que temos experimentado na área da sexualidade, seja qual for o problema, são o “jogo sujo” do inimigo de Deus. O maligno quer nos atingir naquilo em que somos mais frágeis: nossa sexualidade.

Trazemos em nós o próprio poder criador de Deus: o homem fecunda e a mulher gera e dá à luz uma nova vida. É a sociedade entre Deus e a criatura humana para gerar novos filhos. Mas o inimigo se aproveita de nossa fragilidade nessa área, nos tentando constantemente, para que usemos nossa sexualidade de forma totalmente desvirtuada.

Somos carentes de amor, de afeto: não recebemos amor suficiente dos nossos pais. Não fomos valorizados por pessoas importantes para nós, na nossa casa, na escola. Logo, quando começamos a despertar para a vida afetiva, o que costumam nos oferecer é sexo e não amor.

Procuramos dar e receber amor, mas, muitas vezes, o que recebemos é sexo, e sexo sujo. Muitos rapazes e moças, meninos e meninas já passaram por essa experiência, que é a origem de todo o estrago.

Para vencermos essa batalha em que o próprio tentador quer acabar conosco, destruindo-nos pela parte mais fraca, precisamos da Eucaristia. A nossa força, o nosso alimento, o nosso remédio será a Eucaristia. Ela é o próprio Corpo do Senhor, dado ao nosso corpo ferido pelo pecado.

Nosso Senhor Jesus Cristo, pessoalmente, vem até nós, para nos curar e libertar. Passar horas com Jesus no sacrário é o melhor remédio, a melhor terapia. Não imaginamos o efeito que isso produzirá em nossa vida, em nossa mente, em nosso coração, nas nossas emoções e também na nossa sexualidade. O Senhor realizará até mesmo as curas físicas de que precisamos.


Jesus Eucarístico, pela força do Espírito Santo, quer curar toda a área da nossa afetividade e sexualidade, Ele vem curar toda a esterilidade que o mundo nos trouxe. Ele vem nos devolver vida.

(Trecho do livro "Eucaristia, nosso tesouro" de monsenhor Jonas Abib)

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

A Santa Escravidão de Amor




A Santa Escravidão a Jesus por Maria é uma prática de devoção antiguíssima, remontando aos primeiros séculos da Igreja. Com o passar dos séculos, experimentou uma admirável evolução, no sentido que cada vez melhor se compreendeu o que esta prática significava no contexto da fé. Passando pela escola francesa do século XVII do cardeal de Bérulle, Boudon, Olier, Condrem, São João Eudes, etc.

Foi em São Luís Grignion de Montfort que a doutrina e a prática da Santa Escravidão encontrou sua expressão mais perfeita, sendo também, por meio deste grande apóstolo de Maria, que esta prática devocional tornou-se popular. A doutrina e espiritualidade da Santa Escravidão de Amor foram imortalizadas por São Luís Grignion, no célebre escrito: “O Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem”.

Tal livro demonstra com muita sabedoria, clareza e unção quem é a Santíssima Virgem, qual é o seu papel na vida da Igreja e de cada pessoa em particular, com efeito o livro mostra a missão materna que Deus confiou a Santíssima Virgem, as razões e a maneira como Deus sujeitou a ela todos os corações, bem como, o papel da Santíssima Virgem no estabelecimento do reinado de Cristo e sua união íntima com o segundo advento de seu filho.

O Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem foi escrito por São Luís Grignion de Montfort em 1712, e devido à grande força que esse escrito tem para levar as pessoas à verdadeira santidade foi fortemente combatido pelo inimigo infernal. O demônio quis verdadeiramente destruí-lo, mas Deus não permitiu, contudo, o inimigo escondeu este tratado durante cento e trinta anos. Tudo isso foi admiravelmente predito e escrito por São Luís, no próprio Tratado da Verdadeira Devoção onde narra:

“Vejo animais frementes que se precipitam furiosos para destruir com seus dentes diabólicos este pequeno manuscrito e aquele de quem o Espírito Santo se serviu para compô-lo, ou ao menos para fazê-lo ficar escondido no silêncio de um baú a fim de que não apareça”


(T.V.D. 112).

Assim, este livro escrito em 1712, desapareceu sendo reencontrado apenas em 1842 em um baú de livros velhos. Publicado em 1843 tornou-se leitura obrigatória de toda alma piedosa que buscasse a santidade. De fato, São Luís predisse o desaparecimento do livro, também, como o seu reaparecimento e o seu sucesso (c.f. T.V.D. 112), de modo que, depois que foi publicado o tratado, a Santa Escravidão tornou-se a via espiritual de muitos santos, que se fizeram escravos de Maria Santíssima, e na escola de seu Imaculado Coração aprenderam a amar a Deus e fazer sua santa vontade.

Santos como: São João Maria Vianney, São João Bosco, São Domingos Sávio, Santa Terezinha, Santa Gema Galgani, São Pio X, São Pio de Pietrelcina e tantos outros santos e santas do nosso tempo, viram, na total consagração a Santíssima Virgem não uma “devoção qualquer” ou “mais uma devoção” mas uma Devoção Perfeita, aquela devoção querida por Jesus ao fazer de cada um de nós filhos de sua Mãe Santíssima.

Um dos maiores apóstolos desta consagração foi nosso querido Papa João Paulo II, que se fez escravo por amor quando ainda era seminarista. E de tal forma esta total consagração ordenou sua vida e missão que adquiriu como seu lema pessoal o “Totus Tuus Mariae”. João Paulo II foi um testemunho vivo da eficácia desta consagração na vida de uma pessoa.


Padre Paulo Ricardo

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

O segredo de João Paulo II



Há uma quase unanimidade sobre João Paulo II: ele trazia em si um segredo. Uma forma rara e ao mesmo tempo familiar de Deus falar ao mais profundo do coração do homem. Qual seria esse segredo? Isso é lá entre ele e Deus. Mas encontrei como uma réstia de luz a revelar seu segredo em poesia de sua autoria: Minha Vida por Cristo.




Quando penso no mundo,

que se desvanece e morre

pela falta de Cristo;



Quando penso no caos profundo

em que se despenca

a inquieta e cega humanidade

pela falta de Cristo;



Quando me encontro

com a força da juventude

apática e destroçada

na própria primavera da vida

pela falta de Cristo,

não posso sufocar as queixas

de meu coração.





Quisera multiplicar-me, dividir-me,

para escrever, pregar,

ensinar Cristo.

E do espírito mesmo do meu espírito

brota contundente e único grito:



Minha vida por Cristo!






Do “espírito do espírito” de João Paulo II, brota um grito contundente. O que provoca esse grito, o que lhe dá o combustível explosivo que forjou a “geração João Paulo II”? Veja: a causa da morte no mundo, é a falta de Cristo. O caos em que se despenca a humanidade inquieta e cega é a falta de Cristo. Não são as drogas ou a mentalidade hedonista e descompromissada da “geração y” que a faz apática e destroçada, é a falta de Cristo.


Tudo o que destrói o homem tem uma causa comum, que passa longe das análises de qualquer ciência: a falta de Cristo. João Paulo II, como outros, o encontraram e cultivam com ele amizade contínua e felicíssima. São com ele uma só alma, um só coração. Participam dos sentimentos e desejos do “espírito mesmo do Espírito de Deus”. A consequência desse amor mútuo é a mesma que levou o Pai a enviar Jesus, sua Palavra, seu Verbo, seu Grito: Minha vida pelos homens!


A esse grito lancinante, o homem que vê o profundo dos corações de Deus e dos homens responde, feliz: Minha vida por Cristo! A partir daí, tudo se resume no segredo de João Paulo II: ao procurá-lo, você não o encontrará, pois não é ele quem vive. É Cristo que vive nele.
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por Emmir Nogueira, Co-Fundadora da Comunidade Shalom

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Os anjos querem nos conduzir

Cada um de nós vive esta graça: existe um anjo ao nosso lado. Um Espírito celeste maravilhoso nos acompanha desde a nossa concepção no ventre de nossa mãe. O que nos cabe é assumir sua presença como servidor e mensageiro de Deus, que intercede e suplica ao Senhor por cada um de nós.



Quando o povo de Deus se reúne em oração, adoração e louvor; e a Palavra de Deus é proclamada, os anjos aí estão. Eles foram criados para adorar, louvar e bendizer a Deus. São mensageiros: levam a Palavra, a salvação e a cura que vêm do Senhor. Além deste mundo visível, há um mundo espiritual que nos rodeia. Não o vemos nem percebemos, mas ele existe e é real. O que a Bíblia nos mostra é a realidade: os anjos estão presentes no começo da criação, na vida de Abraão e Sara e junto a muitos outros. O povo de Deus caminha com Moisés, do Egito à Terra Prometida, acompanhado continuamente por eles. Vemos os anjos presentes na vida de cada um dos profetas; por isso estão constantemente apresentados na Bíblia, pois realmente acompanham os homens.

Hoje, os anjos querem nos conduzir. São nossos companheiros e guardas. Sua missão é comunicar a vontade de Deus e nos encaminhar até ela, rogando e falando à nossa consciência. Por isso, quando oramos, eles se associam a nós.

Deus abençoe você!


Monsenhor Jonas Abib


Fundador da Comunidade Canção Nova

(Trecho do livro "Anjos companheiros do dia a dia" de monsenhor Jonas Abib)