Olá meu amigo e minha amiga, paz e bem!
Vamos refletir um pouco sobre a nossa disposição aquilo que é efêmero e ao que é eterno. Pois bem! Estava conversando certo dia com alguns confrades e lembrávamos fatos do passado. Falamos de personalidades, de programas de TV, de chocolates, enfim, de tudo o que era a sensação entre os anos 80 e 90.
Lembramos de grandes personalidades históricas, como Albert Einstein, grande cientista do século XX com seus conhecimentos científicos acerca da Teoria da Relatividade. Falamos também de Karl Marx importante pensador do século XIX, que desenvolveu o pensamento marxista como uma crítica ao capitalismo. E não nos esquecemos do grande Elvis Presley com sua brilhante carreira na música e filmes, sendo considerado o rei do rock. Outra grande personalidade no campo das artes foi Candido Portinari com sua pintura expressionista entre outros.
Lembramos também de programas de TV que ficaram na memória e que nem demos conta, como o Jaspion e Changeman; o surpreendente Mac Gyver, Os Trapalhões. Quem de você que nunca usou um “ki Chute” ou as meninas que nunca tiveram uma “melissinha”? Penso que também muitos dos leitores já comeram “Lollo”, antes de se chamar “Milkbar”. Enfim, é olhando para o passado quer percebemos o quanto a vida passa e nos enche de novidades transitórias.
Deste modo quero refletir sobre o que realmente permanece em nossas vidas. Hoje a juventude tem a possibilidade de tantas novidades na moda, nos aparelhos eletrônicos, nos seguimentos diversos da sociedade. Mas tudo passa muito rápido, e o que fica é um vazio, pois as pessoas e, especialmente os jovens, abraçam estas novidades como o “tudo” para a vida.
Mas o que realmente é o “tudo” de nossas vidas? O que nos impede de observar que todas as novidades que se apresentam são passageiras?
É fato que Albert Einstein, Karl Marx, Elvis Presley, Candido Portinari; os programas Jaspion e Changeman, Mac Gyver, Os Trapalhões, a moda do “Ki Chute” e da “Melissinha”, o chocolate “Lollo”, passaram. Hoje nos resta apenas a história e a lembrança. Mas, existe Alguém que nunca passou e, que pela sua doação na Cruz nos levou a plenitude da vida. Estou falando do Eterno Bem que é o nosso Senhor Jesus Cristo.
Meu amigo e minha amiga, talvez o que nos priva deste imenso dom que é a “posse da graça” oferecida por nosso Senhor Jesus, sejam as cruzes que encontramos no decorrer do caminho. Contudo, não existe um caminho de perfeição ou de alegria sem a experiência da Cruz. Foi na Cruz que Jesus nos mostrou que a morte e o vazio de Deus foram sucumbidos. É na Cruz que recebemos a chave da vida em plenitude.
Mas insistimos no falso prazer proposto pela cultura hedonista de nossos tempos. Prazeres egoístas que nos levam a uma frieza existencial e a um gosto de morte.
Porém, tudo o que é provado é digno de valor. Assim a nossa fé é provada como o ouro, que para reluzir é preciso ser posto ao fogo (1Pd 1,7).
Por isso, que as nossas cruzes no seguimento de Jesus, possa nos encher de alegria para que saibamos que não estamos num caminho vão, mas que percorremos o caminho que nos enche de vida e vida em abundância (Jo 10,10b).
Passamos por muitos sofrimentos porque nós os provocamos. Permanecemos desejosos do que passa, e não alcançamos a eterna satisfação de Cristo. Esta escolha cabe a cada ser humano, filho amado de Deus Pai, resgatado no sangue do Deus Filho e ungido pelo Deus Espírito.
É preciso despertar do sono que entorpece nossa vida e nos aprisiona em uma vida de infelicidade, de insatisfação, sendo que temos a alegria da vida em Cristo. Por isso, tenhamos a coragem de estar no mundo, mas nunca esquecermos que o nosso “Tudo” é Jesus Cristo. Tenhamos a coragem de ser SANTOS neste mundo que exige de nós um contra-testemunho.
O papa João Paulo II disse que “precisamos de Santos que bebam ‘coca-cola’ e comam ‘hot dog’, que usem ‘jeans’, que sejam ‘internautas’, que escutem ‘disc man’. Precisamos de Santos que estejam no mundo; e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo, mas que não sejam mundanos”.
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Fraternalmente,
Frei Bruno