sábado, 27 de novembro de 2010

Os caminhos de Clara


Recente filme sobre São Francisco lançado na Itália traz cena que faz pensar: Francisco caminha à frente e Clara um pouco atrás. Alguém comenta: “Vejo que segues Francisco!”, ao que ela retruca: “Enganas-te. Sigo caminhos mais profundos.” O santo, ao ouvir o diálogo, sorri, satisfeito.




Qual a razão da alegria de Francisco? Não teria ele preferido ouvir algo como: “Sim, sigo o pai Francisco para toda a vida!”. Certamente não. Na verdade, tal resposta o teria desgostado profundamente. Seu objetivo não era que seus discípulos o seguissem, mas que seguissem Jesus.


Tudo o que Clara e os outros deixaram teve como motivação um amor maior e mais profundo do que tinham uns pelos outros e todos por Francisco: a descoberta radicalmente “convertedora” do amor de Deus. Os abismos inatingíveis desse amor, cuja largura, profundidade, comprimento e altura são incalculáveis e inatingíveis consistiam os caminhos de Clara.


Inevitável pensar, neste outubro, em Francisco e Clara em sua sincera e simples busca do céu pelos profundos caminhos do amor de Deus e vivência do Evangelho. Ao meu redor, a cidade poluída por todo tipo de propaganda política em busca de seguidores. Na imprensa escrita, nos twitters, na TV, nas rádios, esforços de milhares de marqueteiros a serviço dessa ou daquela pessoa que almeja conquistar seguidores.


Ser seguido, hoje, é ter poder de influência sobre as pessoas, é aumentar o prestígio, o poder de barganha, a fama, a boa imagem. Hoje isso vale uma fortuna, além de inflar o ego dos já cheios de si.


O pensamento se volta, então, para a cena do filme. Como Teresinha, também de outubro, Francisco e Clara deixaram tudo: fortuna, juventude, pai, mãe, boa mesa, boa cama, estabilidade, sonhos, planos. Encontraram o amor maior. Andaram na contramão dos que contabilizam seguidores no twitter. Nadaram contra a corrente dos que gastam fortuna para serem seguidos, apreciados, ouvidos, aplaudidos.


Escolheram ser os menores, servos de todos. Teresinha e Clara trilharam o profundo caminho do silêncio, da contemplação, da pobreza absoluta, da castidade e obediência, do radical seguimento de Jesus... e o conheceram e amaram de uma forma que não conseguiram descrever. Ele foi seu tudo, sua plenitude, deixou-se conhecer pelo amar e ser amado.


Francisco trilhou os caminhos da evangelização, do “pessoa a pessoa”, do “porta a porta”. Desposou a Dama Pobreza, a Irmã Castidade, a Donzela Obediência. Foi livre, inteiramente livre. Não se importou com a opinião de ninguém e anunciou Jesus sem medo. Desafios? Sim, ele os teve, não, contudo, a ponto de desanimar no cumprimento de sua missão de serviço à Igreja e aos homens. Quanto a Jesus... conheceu-o e o amou com todas as suas forças, de todo seu coração, com tudo o que tinha e era. Conheceu-o pelo amor recíproco e, segundo o próprio Jesus, ninguém nesta terra conheceu e entendeu melhor seu amor divino.


“Sigo caminhos mais profundos”, disse a adolescente Clara. Que diriam hoje as de sua idade? Sigo Jesus através de Francisco, quis dizer Clara. Quem seguimos nós através dos nossos ídolos? Seguramente, ninguém, a não ser eles mesmos. Seguimos caminhos rasos, superficiais, barulhentos, sem peso de vida eterna.


Caminhos mais profundos dão sentido à vida, levam ao céu, são intermináveis e insaciáveis em busca do Senhor que amamos. Supõem silêncio, solidão bendita, oração. Caminhos superficiais retiram o sentido da vida, adoecem, enojam, levam a nós mesmos e, no melhor dos casos, a uma pessoa que nos decepcionará. Supõem ruído e agitação, geram solidão maldita e estéril irreflexão.




E tu? A quem segues? Segues twitters? Segues ídolos? Segues a ti mesmo? Ou segues caminhos mais profundos? Importa responder. Disso depende a qualidade de tua vida, teu caminho para seres tu mesmo, teu amor a Deus, teu céu.




por Emmir Nogueira, Co-Fundadora da Comunidade Shalom

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Por que espero tantos elogios?

Jesus Cristo compara-nos ao fermento, ou melhor, Ele diz que somos fermento, por isso, envolvidos na massa, é que somos quem Deus nos fez.



Aprendi com o padre Rafael, sacerdote Javista que viveu em missão conosco, – numa comparação maravilhosa – que quando comemos uma torta gostosa, elogiamos sua beleza, perguntamos quem a fez e nos deliciamos com tudo e queremos saber quem a fez para parabenizá-lo. Entretanto, nunca se vê alguém perguntar qual fermento foi usado. Pois é, fermento ninguém vê. Portanto, se continuarmos querendo que nos vejam é possível que ainda não tenhamos compreendido quem somos.


É hora de rever a história e entender o que Jesus nos quis dizer com isso. Caso contrário, vamos querer ser o "enfeite da torta", quando, na verdade, Cristo nos quer realizando o que é essencial: a parte do fermento, e nada mais.

Ricardo Sá
Canção Nova

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Ser santo sem deixar de ser jovem








Peça a Deus a santidade do dia a dia.










Se você ainda continua com a ideia de que os santos eram pessoas tímidas, de fala mansa, que de tanto se curvarem ficaram corcundas, que andavam sempre com hábitos, batinas os véus, que não curtiam a vida e fugiam de todas as coisas deste “mundo”. Esse pensamento mudará após conhecer o beato Pier Giorgio Frassati.

Eu também pensava assim. Olhava para os santos, gostava da ideia, mas me sentia muito longe deles. Achava tudo muito difícil, algo realmente distante da minha realidade. Santos como São Francisco, Santa Rita, São Padre Pio... me chamavam a atenção, mas não me sentia capaz de tantas penitências e tantas renúncias. E, assim, só ficava na intercessão.

Em 2008, tive o grande privilégio de realizar um sonho: participar da Jornada Mundial da Juventude, que aconteceu em Sydney, na Austrália. O mais marcante nessa visita foi encontrar o corpo do beato Pier Giorgio. Havia fotos dele e banners que contavam a história de sua vida espalhados por toda a igreja. E cada banner que eu via crescia em mim a vontade de ser santo. Era como se meu coração pulsasse assim: “É possível”. As fotos mostram-no com a galera, na faculdade, acampando, praticando alpinismo. Todas elas apresentavam uma frase de sua autoria, e cada frase revelava seu firme propósito de ser santo sem deixar de ser jovem.


Depois de andar pelo corredor central da catedral e ficar mexido com tudo o que via, segui por um corredor e deparei com uma urna, na qual estava escrito: "The body of blessed Pier Giorgio Frassati". Meu inglês não foi o suficiente para traduzir o que minha alma lia naquele corpo santo que estava à minha frente. Tive forças apenas para me ajoelhar e fazer um único pedido: "Que eu seja santo como você". Em mim vibrava a possibilidade de ser santo do meu jeito, com meus gostos e estilos. Aquela era a prova concreta de que a santidade é possível; a prova de que Deus não tira nada, mas dá tudo. Tive ali um encontro com Deus e com Sua santidade por meio de Pier Giorgio Frassati.


Pier Giorgio me fez entender que posso ser santo do meu jeito, se, em cada ação minha, mostrar que sou de Deus. Isso mudou a imagem que eu tinha dos santos e comecei a vê-los com outros olhos. Hoje entendo que Deus me chama para uma santidade cotidiana. Santidade feita do ordinário que, cheio do poder de Deus, torna-se extraordinário.

Convido-o para fazer também uma experiência com o beato Pier Giorgio. Peça a Deus a graça da santidade feita no seu tempo, no seu espaço. Peça a Deus a santidade do dia a dia.

Tema extraído do livro
'Santos de calça jeans'
Adriano Gonçalves

terça-feira, 16 de novembro de 2010

A força da manifestação de Deus



A ressurreição é o selo da veracidade da vida de Jesus e de sua morte. Jesus, como homem, morreu após haver pregado a Boa Notícia da chegada do Reino. Deus Pai o ressuscitou testemunhando, por este sinal de sua onipotência, da autenticidade da pregação de Jesus. Pedro diz no relato de Pentecostes: “Deus ressuscitou esse Jesus, e disto nós todos somos testemunhas” (At 2, 32). A propósito escreve João Paulo II: “A cruz não é a última palavra do Deus da aliança: essa palavra será pronunciada na alvorada quando as mulheres, em primeiro lugar, e os discípulos, depois, indo ao sepulcro do Crucificado, verão o túmulo vazio e proclamarão pela primeira vez: Ressuscitou!”



Tomé experimentou esta força da manifestação de Deus e ao reconhecê-lo ressucitado pode exclamar: Meu Senhor e Meu Deus! Esta experiência significa estabelecer Jesus como Senhor da nossa vida, da nossa história, do nosso passado, do nosso presente e do nosso futuro. Ela ainda faz de nós pessoas livres porque o projeto de Deus sobre nós é um projeto de felicidade. O senhor não quer nos oprimir, ao contrário, ele quer que sejamos tudo aquilo que o Pai pensou de nós. Ser o que o Pai nos fez nos realiza como pessoa. Portanto estabelecer Jesus como Senhor e Deus da nossa vida significa ser mais pessoa, mais humano e dar espaço para que os seus desígnios se cumpram em nossas vidas.




Jesus nosso Senhor e Deus nos encaminha para este processo de cura e crescimento em vista da missão que Deus nos deu. Assumir Jesus como senhor da nossa vida é adorá-lo. Nesta atitude de adorar o Senhor reconhecemos interiormente o lugar exclusivo que lhe pertence em nosso coração. Dirigimo-nos a Deus e reconhecemos como criaturas, a majestade e grandeza de Deus e a nossa total dependência dele. É a atitude fundamental de cada cristão consciente do mistério que o envolve e circunda. Eu me prostro diante de Deus, porque Deus é Deus. Não tenho a intenção de pedir-lhe nada, quero estar com ele, estar na sua presença, unida ao seu coração. Uno-me a ele para agradá-lo e faze-lo feliz. Simplesmente me prostro diante de Deus porque Ele é meu Senhor e meu Criador. É o Deus da minha vida!



O peixe vive na água. Fora dela começa a agonizar porque foi criado para viver na água. Nosso lugar é com Deus! Vivemos uma vida infeliz porque vivemos fora do nosso lugar, do nosso habitat que é Deus. Reconhecê-lo como Senhor e Deus é reconhecer que Ele é nosso único amor, nossa única riqueza e nosso único querer. Vivemos nele e para ele, portanto livres e libertos. Ele é um Senhor que não oprime, escraviza, mas nos ensina a sermos pessoa, homens e mulheres novos.



Jesus meu Senhor e meu Deus!

sábado, 13 de novembro de 2010

Atletas de Cristo

Existem momentos em nossa vida, que nos falta fôlego e, como um atleta no auge de sua exaustão, até chegamos a pensar que não vamos conseguir cumprir a prova. Somos invadidos pelo desânimo e estamos a um passo de parar nas nossas fraquezas. Só que

“…o atleta, na luta esportiva, só recebe a coroa, se lutar segundo as regras…” (2Tm2,5).

Se me falta fôlego é porque não tenho treinado como deveria. Se me falta ânimo é porque tenho emprestado meu ouvido a palavras que não produzem esperança e fé. Então começa a gritar dentro de nós a falsa certeza de que “não vai dar”… “não vou aguentar”… “tenho que parar”… e se realmente nos entregamos a este veneno, pararemos e estaremos sujeitos a vaias e deboches. Mas o percurso dessa prova é bem longo amigos e sempre temos tempo suficiente para recobrarmos nossas forças, sintonizar a respiração com as batidas do coração, usar a brisa leve e suave para regular a temperatura corporal. Em pouco tempo o desânimo desaparecerá e a gana de seguir na prova da vida, será retomada. Só precisamos usar a sabedoria que o Senhor nos deu.

 “Esforça-te por te apresentares a Deus como homem provado, como operário que não tem de que se envergonhar…”,(2Tm2,15).

Um atleta de Cristo precisa treinar sempre para a maratona da vida. Começa o dia correndo para a Eucaristia, se alimenta regularmente da Sagrada Escritura, fortalece a musculatura das pernas, dobrando os joelhos em Adoração ao Santíssimo Sacramento, troca os anabolizantes pelas bolinhas do Santo Terço e tem a coragem de reconhecer os erros que comete, se arrepende e se reconcilia com o Senhor, através do seu grande treinador, o Sacerdote.


As provas desta vida acontecem todos os dias e aumentando nosso condicionamento espiritual, estaremos sempre prontos para cumprí-las até o final. Isto é o mais importante… cumprir… seguir… e completá-las. Sabe por que? Na prova de nossas vidas, já tem um vencedor que se chama JESUS CRISTO!.


Deus abençoe!

Wallace Andrade
Comunidade Canção Nova

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O que é a castidade?




 Talvez algumas das perguntas mais freqüentes entre os jovens sejam: Por que temos de esperar? O que é a castidade?. Atualmente, poderíamos pensar que ninguém mais a vive e muito menos a promove.

A CASTIDADE consiste no domínio de si, na capacidade de orientar o instinto sexual ao serviço do amor e de integrá-lo ao desenvolvimento da pessoa. A Igreja nos diz em "Orientações educativas sobre o amor humano":

"A castidade é exatamente essa virtude do controle, governo, domínio, essa ginástica do coração que mantém em forma a dimensão sexual da pessoa e sua possibilidade de um amor maior".

É a melhor forma de compreender e, sobretudo, de valorizar o amor. Não é uma negação da sexualidade, mas a melhor das preparações para a vida conjugal.

A Castidade é a virtude que nos ajuda a nos conhecer, a poder amar de verdade aos demais e nos sentir amados por eles.


Viver a castidade não significa:



- não sentir atração pelo sexo oposto

- não ter sentimentos de atração por seu namorado ou por sua namorada


- não ter maus pensamentos, mas freá-los no momento em que nos conscientizamos deles.


- não ter impulsos sexuais.


Tudo isto pode existir em nós, mas o importante é que aprendamos a nos controlar e tomemos as rédeas de nosso próprio corpo.


Temos de dizer, no entanto, que não é a virtude mais importante da vida cristã, a virtude mais importante é o AMOR ou a CARIDADE, mas a castidade é, por assim dizer, filha desta virtude, está subordinada a ela, não se trata de agüentar-se e, sim, de se reservar para se entregar, nisso consiste a castidade.

Por: Diana García e Rosario Alfaro Martínez



segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Um amigo, um altar

Como os altares, as amizades precisam ser construídas



Altar é lugar de sacrifício, lugar onde se oferece uma vítima em holocausto. Os altares sempre são constituídos para esta finalidade, para através de um sacrifício fazer memória dos favores que Deus concedeu.

Um altar precisa ser construído com esforço pessoal e decisão de coração. Ele é memorial, lugar da teofania, da manifestação do amor de Deus. Amizades são altares.

Amizade é oblação, é ir além do que é natural em nós, é tocar o sobrenatural. Da mesma forma que um altar pressupõe um holocausto, uma amizade traz em si o sacrifício. É preciso sacrificar a nós mesmos, nossas falsas verdades, nossos gostos e desejos pessoais. Amizade é altar, é lugar onde se derrama sentimento, lágrimas, sangue, vida. Se esse derramar em sacrifício não acontece, não há altar, não há amizade.


Como os altares, as amizades precisam ser construídas, edificadas com o que há de melhor em cada um. São sentimentos, experiências, valores, sonhos, que como verdadeiras pedras vão se sobrepondo para que ali verdadeiramente aconteça o sacrifício. São pedras que não podem ser tolhidas pelos desejos de nenhuma das partes, pois trazem em si aquilo que é o melhor, o sagrado, o original de Deus em cada um. Lapidá-las para adaptá-las às nossas vontades, aos nossos desejos, significa profaná-las. Eu não posso construir um altar, uma amizade com nada a não ser o que há de mais puro e sagrado. Eu não posso ser verdadeiramente um amigo se eu não levo comigo a originalidade de Deus em mim. Um altar profanado, uma amizade profanada, só tem um destino: a destruição.

Há um valor especial em qualquer coisa que nós mesmos construímos ou ajudamos a construir, ainda mais quando se trata de pessoas. Uma amizade que não traz em si a vontade de ajudar a construir o outro, não manifesta vida, não há significado, não há porque, não há santidade, não há razão de ser. Um altar é santo em razão do que ele significa. Uma amizade que não constrói o outro perdeu o seu sentido, o seu significado, a sua capacidade de sacralizar.



O ato de construir o outro não é fácil, causa dor em ambos, entraves, muito sacrifício mútuo e pessoal. Mas - como foi dito antes - se não há sacrifício, não há altar. Para construir o outro eu preciso derramar o meu sangue, a minha vida, para que a oferta do meu sacrifício seja capaz de trazer à tona o que há de melhor no outro, mesmo que para isso precise doer primeiro em mim. É um ato de oblação, de oferta, que à medida que nos aproxima do altar, nos aproxima do próprio Deus, tornando-nos interiormente livres. Quanto mais sacrifício há em uma amizade, mais liberdade se adquire, mais próximo de Deus se chega. O altar me leva a alcançar a Deus. Se uma amizade não me leva ao Senhor, ela perdeu a essência.

 
Deus me levou a construir amizades durante a minha vida. Elas são verdadeiros memoriais da visita do Senhor na minha história. São verdadeiros altares onde eu posso me derramar, derramar a minha vida, sacrificar a mim mesmo, ser melhor, crescer na certeza de estar me aproximando cada vez mais de Deus. Se uma oferenda é santificada e apresentada ao Senhor pelo contato com o altar, cada vez que me “derramo” sobre um amigo, sou apresentado mais santo do que poderia ser sozinho. Ninguém se santifica sozinho. Amizades são instrumentos eficazes de Deus para minha santificação.

Deus não colocou somente pessoas em minha vida, me deu amigos, me deu altares onde eu posso perpetuamente me oferecer em holocausto e me sacralizar.


Seu altar,
Renan Félix
Canção Nova

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O Sol Eucarístico

O Nosso sistema solar é composto por muitos sóis. Porém, há apenas um Sol grandioso, um Sol capaz de mudar tudo. A sua força gravitacional vai além de qualquer sol já visto e computado por qualquer homem: o Sol Eucarístico.


É incrível que um Deus tão imenso se faz tão pequeno só por amor. A cada dia, em cada celebração Eucarística, adoração, oração, nos encontramos com Jesus. Nós, pequenos perante esse amor paupável e misterioso. Ele, Jesus Eucaristia, não nos diminui ou despresa, mas se desmancha em nós se fazendo um conosco. Ele se coloca ao alcance de nossas mãos.

Diante das coisas consideradas grandiosas pelo mundo, onde colocamos 'sóis' falsos para nos guiar, para serem o nosso centro. Percebemos que o verdadeiro Sol é aquele que destrona as "grandezas" humanas para mostrar a humildade Divina.
Como não se inclinar e não se derramar perante o TUDO desse Deus?

Ele não nos pede nada, pelo contrário, nos dá tudo, desde o ar que respiramos até o amor que sentimos.
Por isso Ele é Digno de todo louvor.
Paz e Bem.
Juliana Santos
Totus Tuus

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Frouxo Fora

Na vida cristã aprendemos que sem uma comunidade o homem não vive e não chega a santidade. Sem o outro não chegamos a santidade. Isto nos mostra estudos na área de psicologia: o homem tem a necessidade de conviver para seu desenvolvimento saudável.
Chegando o final do ano já começamos a avaliar como foi nosso esforço para realizar aquilo que sonhávamos para este ano. Sem medo, avalie-se e assuma: falta muito, e com a graça de Deus, eu conseguirei!

“Nossa capacidade vem de Deus.” (II Cor 3, 5)



Nessa história entra a comunidade, grupo, movimento do qual você participa. É muito importante VC acreditar nos que estão ao teu lado e acolher os que estão chegando. Mas nunca se esqueça, Deus para quando você para. Tudo começa quando você Crê, e tudo que começa com Fé e Coragem cresce. O que nasce grande é monstro. Na Igreja Católica não existem privilegiados, mas sim, ousados.

“Sou tão necessário em meu lugar, como um arcanjo em seu.”
(Newman)

Você acredita naquilo que você faz?



Não existe evangelização sem sacrifício .Nossas comunidades não crescem quando muitos deixam de acreditar e apenas choram suas infidelidades e o crescimento do outro. Não permita isto, peça o fogo do Espírito e veja que a partir de você o Senhor fará a transformação necessária ao seu derredor. É como regime dentro de seminário, um começa e os outros logo aderem a idéia.
Quem disse que Deus não quer grupos cheios que arrebanham aqueles que estão às margens?


“Isto é bom e agradável diante de Deus, nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens se salvem.” (I Tm 2, 3)

Já ouviu dizer que a galinha do vizinho sempre é mais gorda? Pois então, fuja desta ilusão. Deus não tolera gente feridenta e acomodada em sua obra. Os "intocáveis", os que quizem: "Eu não mudo, sempre fui assim..." não permanecem, a obra é dinâmica e é Deus quem dita as regras para o bem da fraternidade. Por isso sem o Espírito Santo não é possível conviver e permanecer mesmo quando se esbarra nas limitações do outro. É FF (Frouxo Fora). E não se escandalize, aquele que não acredita e possue visão curta na fé não tolera tempos difíceis de combate e provação. Sempre será uma pedra na frente dos projetos de Deus para o grupo.

Ninguém tem paciência comigo!



Por fim, não tenha medo de assumir sua identidade, o seu jeito de ser diante dos outros. A Nossa Experiência com Deus é única mas não exclui o outro, e se acolhemos os que estão de fora da comunidade, precisamos acolher os que estão dentro também, aqueles que rezam diferente e quase batem a cabeça no teto.

Você está disposto a acolher aqueles que Deus acolheu?

Robson Ferreira
Totus Tuus