sexta-feira, 29 de abril de 2011

Podemos mudar a nossa história


Não é preciso temer o sofrimento, mas é preciso saber como reagir

Sim, este título não é apenas sugestão, mas uma concreta e alegre afirmação: É possível, é sempre possível mudar nossa história!
Percebo que o conformismo e a acomodação são dois grandes parasitas que perpassam o DNA de muita gente em nosso tempo. Tempo por vezes tão confuso, que em várias situações acaba inserindo nas pessoas uma intensa letargia e um profundo sentimento de incapacidade. Sim, incapacidade diante dos problemas, das fraquezas, diante de fatos dolorosos que desejam – levianamente – definir o curso de nossa história.
É necessário que se creia que não se é aquilo que se sente, e que mesmo quando a tristeza e a incapacidade quiserem nos aprisionar, podemos e devemos resistir acreditando na força que existe dentro de cada um de nós, no poder de superação que muitos já definiram como: “Força dinâmica que anima a vida”.
Ao contrário do que muitos pensadores contemporâneos afirmaram, o homem não é um nada atirado no vazio da existência, sem um “porquê” de existir e sem “uma finalidade na existência”.
O homem é um ser prenhe de significado, um ser que porta uma enorme capacidade de se superar e se autotranscender em cada instante da vida.
As contrariedades que enfrentamos não têm o poder de definir aquilo que seremos, nem mesmo nossos erros e fragilidades o têm. Tudo isso pode se tornar matéria-prima para realizarmos uma bela e contínua "re-significação" em nossa história, superando dores e conquistando vitórias.
Basta, atentamente, perceber o movimento presente na existência para compreender que as dificuldades nem sempre são inimigas, mas, na maioria das vezes, elas vêm à luz com o intuito de fazer a vida ser mais e não menos. O sofrimento traz consigo uma força de novidade que infunde no coração capacidades que antes nem eram imaginadas por aquele que o vivencia.
Não é preciso temer o sofrimento, mas é preciso saber como reagir, como responder a ele. Ele pode e deve sempre formar e ensinar, e não se tornar uma muleta, na qual nos escondemos a vida toda. Ele tem o dom de nos fazer compreender a vida de uma forma como nunca a entenderíamos antes. Ele nos purifica e tira de nós o melhor. Por isso, diante de qualquer dor e derrota, o importante é sempre nutrir a certeza: “É possível mudar minha história!”, é possível crescer com as dores e sempre aprender com elas.
Por maior que sejam as muralhas que se levantaram contra nós, essa esperança deve sempre povoar nosso coração: “Sou um vencedor, possuo em mim essa Força dinâmica de superação, que anima minha vida; posso vencer, pois essa Força de Deus habita em mim”.
“Disseram-lhe os seus discípulos: Eis que agora falas claramente e a tua linguagem já não é figurada e obscura. Agora sabemos que conheces todas as coisas e que não necessitas que alguém te pergunte. Por isso, cremos que saíste de Deus. Jesus replicou-lhes: Credes agora!... Eis que vem a hora, e ela já veio, em que sereis espalhados, cada um para o seu lado, e me deixareis sozinho. Mas não estou só, porque o Pai está comigo. Referi-vos essas coisas para que tenhais a paz em mim. No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo.”  (Jo 16, 29-33)
E mesmo quando somos nós os culpados, mesmo quando padecemos por conta de nossos próprios erros e fraquezas, é necessário entender que, em Deus, misericórdia não é passatempo, mas verdade eterna e derramada como perene possibilidade de recomeço e novidade, em qualquer fase ou circunstância da vida.
Quando se entende que a vida não pode ser subtraída a momentos isolados de limitação e que ela nasceu para sempre ser mais, para sempre crescer, a esperança pode fixar morada – mesmo em meio ao cansaço dos dias – naquele que caminha, alimentando-o com sua primavera e dando sabor e alegria a cada fragmento de tempo e presença que empregamos nesta terra.
Enfim, podemos mudar nossa história! Aliados à Graça, sempre poderemos!
Diácono Adriano Zandoná 



quinta-feira, 28 de abril de 2011

Namoro, tempo de conhecer e escolher






Quando você vai comprar um sapato ou um vestido, não leva para casa o primeiro que experimenta, é claro. Você escolhe, escolhe (...), até gostar da cor, do modelo, do preço, e servir bem nos seus pés ou no seu corpo. Se você escolhe com tanto cuidado um simples sapato, uma calça, quanto mais cuidado você precisa ter ao escolher a pessoa que deve viver ao seu lado para sempre!
Talvez você possa um dia mudar de casa, mudar de profissão, mudar de cidade, mas não poderá trocar de esposa ou de marido. É claro que você não vai escolher a futura esposa, ou o futuro marido, como se escolhe um sapato. Já dizia o poeta que "com gente é diferente". Mas, no fundo será também uma criteriosa escolha.

Se você quiser levar para casa o primeiro par de sapatos que você calçou, só porque o preço é bom, pode ser  que você se arrependa depois quando perceber que não era de couro legítimo, mas sintético.
Se você escolher namorar aquela garota, só porque ela é "fácil", pode ser que você chore depois se ela o deixar por outro, fazendo o seu coração sangrar.
Se você decidir levar aquele par de sapatos, só porque  é bonito e está na moda, mesmo que aperte um pouco os seus pés, pode ser que depois você volte do baile com ele nas mãos porque não o agüenta mais nos pés.
Se você escolher aquele rapaz só porque ele é um "gato", pode ser que amanhã ele faça você chorar quando se cansar de você.
O namoro é este belo tempo de saudável relacionamento entre os jovens, onde, conhecendo-se mutuamente, eles vão se descobrindo e fazendo  "a grande escolha".

Já ouvi alguém dizer, erradamente, que "o casamento é um tiro no escuro" ; isto é, não se sabe onde vai acertar; não se sabe se vai dar certo.
Isto acontece quando não há preparação para a união definitiva, quando não se leva a sério o amor pelo outro.
A preparação para o seu casamento começa no namoro, quando você conhece o outro e verifica se há afinidade dele com você e com os seus valores.

O casamento só é um "tiro no escuro", para aqueles que se casaram sem se conhecer, porque, então, namoraram mal. Se o seu namoro for sério, seu casamento não será  um tiro no escuro, e nem uma roleta da sorte.

O seu casamento vai começar num namoro.
Não brinque com o namoro, não faça dele apenas um passa - tempo, ou uma "gostosa" aventura; você estaria brincando com a sua vida e com a vida do outro.
Só comece a namorar quando você souber por que vai namorar.
A idade em que você deve começar a namorar é aquela na qual você já pensa no casamento, com seriedade, mesmo que ele esteja ainda longe.

Para que você possa fazer bem uma escolha, é preciso que saiba antes o que você quer.
Sem isto a escolha fica difícil.
Não é verdade que quando você sai para comprar um sapato, já sabe qual é a cor que prefere,
o modelo e o preço adequado ao seu bolso?
Que tipo de rapaz você quer?
Que qualidades  a sua namorada deve ter?
O que você espera dele ou dela?
Esta premissa é fundamental.
Se você não sabe o que quer, acaba levando qualquer um... só porque caiu na sua frente.

Os valores do seu namorado devem ser os mesmos valores seus, senão, não haverá encontro de almas.
Se você é religiosa e quer viver segundo a Lei de Deus, como namorar um rapaz que não quer nada disso?
É preciso ser coerente com você. Não basta que o sapato seja bonito, tem que servir nos seus pés.
Se você tem uma boa família, seus pais se amam, seus irmãos estão juntos, então será difícil construir a vida com alguém que não tem um lar e não dá importância para o valor da família.
Quem não experimentou o calor de um lar não sabe dar valor para a família. Será difícil construir uma família junto com alguém que não entende a sua importância.

As leis de Deus e da Igreja são exigentes e determinam o nosso comportamento. Será impossível vivê-las se o outro não os aceita.

Tenho encontrado muitos casais  de namorados e de casados que vivem uma dicotomia nas suas vidas religiosas; e isto é  motivo de desentendimento entre eles.
Há jovens que pensam assim: "eu sou religiosa e ele não; mas, com o tempo eu o levo para Deus".
Isto não é impossível; e tenho visto acontecer muitas vezes. No entanto, não é fácil. E a conversão da pessoa não basta que seja aparente e superficial; há que ser profunda, para que possa satisfazer os seus anseios religiosos.
Não se esqueça que a religião  é um fator determinante  na educação dos filhos, para aqueles que a prezam.

Não tenho dúvida de dizer a você que não renuncie aos seus valores na escolha  do outro.
Se é lícito você tentar adequar-se às exigências do outro, por outro lado,  não é lícito você matar os seus valores essenciais para não perdê-lo.





Não sacrifique o que você é para conquistar alguém.

Há coisas secundárias dos quais podemos abdicar, sem comprometer a estrutura básica  da vida, mas há valores essenciais que não podem ser sacrificados. São preferências periféricas, que são superadas pelo amor que o outro dedica a você. Mas aquilo que é essencial, não pode ser abdicado.
Portanto, saiba o que você quer, e saiba conquistá-lo sem se render. Não se faça de cego, nem de surdo, e nem de desentendido.
Para  que você possa chegar um dia ao altar, você terá que escolher a pessoa amada; e, para isto é fundamental conhecê-la. O namoro é o tempo de conhecer o outro. Mais por dentro do que por fora. E para conhecer o outro é preciso que ele "se revele", se mostre. A recíproca é verdadeira.
Se você não se revelar, ele não vai conhecê-la, pois este mistério que é você, é como uma caixa bem fechada e que só tem chave por dentro.

Seja autêntico, e não minta. Seja aquilo que você é, sem disfarces e
fingimentos mostre ao outro, lentamente, a sua realidade.
Não faça jamais como aquele rapaz que, querendo conquistar uma bela garota, garantiu-lhe que o pai tinha um belo carro importado...; mas quando ela foi conferir havia só um velho fusca na garagem.
A mentira destrói tudo, e principalmente o relacionamento.
Não tenha vergonha da sua realidade, dos seus pais, da sua casa, dos seus irmãos, etc.
Se o outro não aceitar a sua realidade, e deixá-lo por causa dela, fique tranqüilo,
esta pessoa não era para você, não o amava.

Uma qualidade essencial do verdadeiro amor é aceitar a realidade do outro.
O amor pelo outro cresce na medida em que você o conhece melhor. Não se ama alguém que não se conhece.
Não fique cego diante do outro por causa do brilho da sua beleza, da sua posição social ou do seu dinheiro. Isto impediria você de conhecê-lo interiormente e verdadeiramente.
Lembre-se de uma coisa, aquilo que dizia Saint Exupéry: "o importante é invisível aos olhos". "Só se vê bem com o coração". São Paulo nos lembra que o que é material é terreno e passageiro, mas o que é espiritual é eterno.
Tudo o que você vê e toca pode ser destruído pelo tempo, mas o que é invisível aos olhos está apegado ao ser da pessoa e nada  pode destruir. Esse é o seu verdadeiro valor.

Portanto, conheça a "história" e o "coração" da pessoa que está hoje ao seu lado.
Quando você mergulha na história do outro, conhecem os seus dramas e os fatos que a determinaram, então você o compreende melhor e tem mais motivações para compreendê-lo, tem mais paciência para ouvi-lo, perdoá-lo e ajudá-lo. É por isso que o namoro não pode ser uma brincadeira sem qualquer responsabilidade.

Jesus nos manda não fazer aos outros aquilo que não queremos que  seja feito conosco. É uma regra de ouro.
Saiba ver no outro, primeiro o que ele tem de bom, e só depois encare o seu lado difícil. Saiba elogiar e fazer crescer o que há de bom, e cure com carinho as feridas que precisam ser tratadas.
Isto mostra-nos que não há o chamado "amor a primeira vista".

O amor não é um ato de um momento, mas se constrói "a cada momento". Não se pode conhecer uma pessoa "à primeira vista", é preciso todo um relacionamento.

Prof. Felipe Aquino


terça-feira, 19 de abril de 2011

Preparação para a Semana Santa

Ladainha da Humildade



Jesus, manso e humilde de coração, ouve-me.


 Do desejo de ser estimado, livra-me Jesus.
  Do desejo de ser exaltado, livra-me Jesus.
    Do desejo de ser honrado e louvado, livra-me Jesus.
  Do desejo de ser preferido a outros, livra-me Jesus.
 Do desejo de ser aceito por todos, livra-me Jesus.



 Do medo de ser desprezado, livra-me Jesus.
  Do medo de ser esquecido, livra-me Jesus.
    Do medo de fracassar, livra-me Jesus.
  Do medo de ser humilhado, livra-me Jesus.
 Do medo de não ser aceito, livra-me Jesus.



 Que os outros possam ter mais êxito que eu, concede-me a graça de aceitar em paz, Jesus.
  Que os outros possam ser melhor aceitos que eu, concede-me a graça de aceitar em paz, Jesus.
   Que os outros possam ser mais amados que eu, concede-me a graça de aceitar em paz, Jesus.
 Que os outros possam ser preferidos a mim, concede-me a graça de aceitar em paz, Jesus

Cardeal Merry de Val.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Não Desista de Viver





Jesus está atento ao que acontece com voce
Ele entende, compreende e tudo ver


Se uma porta se fechar
muitas outras vão se abrir
Deus não quer ver você desistir


Não desista dos seus sonhos
Não desista de viver
Não desista dos planos de Deus pra você
Não desista de viver



Diego Fernandes (Cd Não Desista de Viver)
 
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domingo, 17 de abril de 2011

Quando termina uma amizade?



Pode ser que, diante dessa pergunta, muitas respostas tenham vindo à sua cabeça: Quando há traição; quando uma das pessoas se muda para outra cidade; quando a outra pessoa começa a namorar; quando um se decepciona com o outro. Enfim, uma série de conclusões prontas que não chegam nem perto da resposta mais acertada. Todos os motivos que foram citados não são determinantes para uma amizade terminar, pois se esta é verdadeira, ela está fundamentada no amor e o verdadeiro amor supera tudo. Mas, infelizmente, há uma razão bem concreta para uma amizade terminar: quando ela deixa de ser amizade!


Já apresentamos muitas definições para esse relacionamento fundamental entre as pessoas. Para nós, a melhor expressão para classificá-lo é dom de Deus. E justamente por ser um dom de Deus a amizade é irrevogável (cf. Rm 11,29).

Então perguntar sobre o fim de uma verdadeira amizade é contradizer tudo isso? Pelo contrário, é justamente reforçar essas ideias; é voltar a afirmar que esse relacionamento, mesmo que verdadeiro e originado em Deus, só acaba quando ele deixa de ser e se descaracteriza.

Alguém pode nos dar um presente e nunca tentar tomá-lo de volta. Mas nós podemos pegar esse lindo presente e jogá-lo na parede, quebrá-lo, estragá-lo. É exatamente isso que acontece com o dom , que é um amigo. Deus não o toma; nós que estragamos tudo. É por isso que vemos muita coisa sendo chamada de amizade, sem o ser na realidade. Caricaturas de um dom tão precioso que o Senhor nos concede para nos aproximar mais d’Ele.

A missão principal de um amigo é levar o outro cada vez mais para o Senhor. Quando isso deixa de acontecer, já não se trata mais de uma amizade verdadeira. Podem até chamá-la dessa forma, mas, na verdade, muitas vezes, não passa de apego, conveniência, interesse, carência mútua, codependência afetiva, status social, coleguismo, sociedade, associação ou qualquer outra nomenclatura para relacionamentos afetivos que não ultrapassam a sensibilidade, as emoções, os interesses pessoais, sejam eles os mais nobres ou os mais deploráveis, mas, independentemente disso, se limitam exclusivamente aos nossos interesses.

Esses tipos de relacionamento realmente acabam, pois estão baseados em propósitos, em metas – positivas ou não – que se esgotam com o passar do tempo. Quando se alcança o objetivo definido, os que estão envolvidos naturalmente se separam e tudo acaba. Quando a essas relações muito sentimento é associado, o estrago é muito maior. Quem está envolvido não consegue ou não quer enxergar que aquele relacionamento é prejudicial e insiste em seguir adiante só se machucando e ferindo a outra pessoa. Tudo se reduz a uma compensação de carências; feridas que se encontram e só crescem juntas; um sentimento de posse destrutivo em graus menores ou maiores; nada que se aproxime do dom de Deus.

Uma amizade verdadeira, sólida no Senhor, não acaba, pois, como afirma Santa Catarina de Sena: “A amizade cuja fonte é Deus jamais se esgota”. É dom do Pai, por isso se renova todos os dias pela ação do Espírito Santo; sempre renovada n’Ele, que a todo momento faz nova todas as coisas (cf. Ap 21,5). Fundamentada no Senhor, ela é expressão concreta – mesmo que limitada – do Seu amor que “é paciente, não é interesseiro, não se encoleriza, não leva em conta o mal sofrido, não se alegra com a injustiça, tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor que jamais acabará” (cf. I Cor 13,4-8).

Se ao ler esse texto você disser que a sua amizade acabou, algumas perguntas você deverá se fazer:

Era realmente uma amizade verdadeira?
Que frutos esse relacionamento gerou na sua vida: frutos bons ou frutos maus?
Acabou mesmo ou está passando pelo processo normal de purificação, pelo qual todo relacionamento passa para amadurecer?
Ou pior: por causa das dificuldades, dos sofrimentos do amadurecer, você preferiu, por fraqueza, desistir do dom que Deus lhe deu?

É preciso ter coragem para se olhar no espelho e se questionar, fazê-lo pode trazer uma nova luz para a sua vida.

Se acabou, talvez essa amizade não fosse verdadeira, não passasse de uma caricatura. Mas se é mesmo um dom do céu para a sua vida, que o próprio Deus lhe concedeu, não desista e – como Jesus – pague o preço do amor verdadeiro: ame até o fim. Ele, que é a Verdade, iluminará seus passos e lhe ensinará a viver uma amizade de verdade.

Seu irmão,

Renan Félix
Canção Nova

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Você sabe o que é interceder?



Segundo o dicionário de língua portuguesa, interceder é pedir por outrem, rogar, interferir. Mas dentro do mistério Cristão, interceder é isso mesmo? Eu respondo: sim.


Interceder é pedir e pedir a Deus pelo outro, colocar-se na presença de Deus em favor do outro. E como não dizer interferir. Interferir na realidade de vida do outro para o bem dele. Por isso a intercessão é algo grande aos olhos do Senhor, algo próprio de quem tem um coração grande o suficiente para agir em favor do outro, quase se esquecendo de si mesmo. O que não o priva de ser beneficiado pela graça, o Senhor é generoso e não se deixa vencer em generosidade. Você crê?!


“O meu coração reconhece não haver absolutamente nada para gloriar-se diante de Jesus. Ele me amou e a tantas criaturas quis enviar-me. E agora que lhe pergunto o que fiz para merecer tantas consolações, ele me sorri e me repete que a tanta intercessão nada se nega.” (Pe. Pio)

Interceder é coisa de quem crê e não desiste facilmente. "Vós, irmãos, não vos canseis de fazer o bem." ( II Ts 3, 13) Atitude De quem é humilde, pois o humilde pede o que não tem e não tem medo de ir ao encontro do outro e sua necessidade. O intercessor se volta a Deus e pede em favor do outro, mas não é porque se volta a Deus que é Bom que vai receber o que pede, como pede e na hora que pede. O que precisa motivar o intercessor é que Deus não deixa nenhuma oração sem resposta. Pois nem sempre pedimos o que é necessário, mas o que achamos ser bom. Somos limitados e sem a fé não enxergamos além da escuridão.


“Não se previne a saúde se não pela oração, não se vence a batalha se não pela oração.”(Pe. Pio)



Coloque-se diante de Deus em uma intercessão constante e crescente. Aquele que ora “interfere” pois conhece o caminho e o “jeitinho” de pedir. Na oração conhecemos o coração de Deus e sua vontade. Para interceder é preciso apenas olhar p/ Deus, o restante ele fará, ele tudo fará.

Robson Ferreira
Totus Tuus

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Quanto custa a Verdade?





Hoje se diz que não há a verdade absoluta. A verdade não é do papa, todos nós somos ministros dela ,ninguém tem a autoridade de adulterá-la. Pregamos não para agradar alguém. Há a diferença em dar a verdade e ser orgulhoso. O servo escuta o que Deus quer e comunica sem medo, a alegria do pregador é dar a doutrina da Igreja, a verdade de Jesus. A Igreja é como qualquer doutrina, religião se não há a verdade.
A Igreja católica não faz proselitismo, ela atrai pela verdade. Tem muitos que não querem se inclinar diante da verdade. O evangelho é sinal de divisão, contradição, é viver diferente dos outros. Adorando o nosso Senhor no Santíssimo Sacramento recebemos o Espírito Santo p/ anunciar a verdade. Anuncie a verdade do Senhor na sua vida, custe o que custar. O Servo não é maior que seu Senhor e se Jesus sofreu pela verdade anunciada, também nós sofreremos.
 
A verdade não é nossa.
 
Nós falsificamos a palavra de Deus. Hoje se faz até bíblia p/ todo tipo de pessoa, exemplo, a bíblia dos empresários(protestante), distorcida por mãos humanas. Isto é tirar o evangelho do seu lugar, de seu nascimento, a doutrina da Igreja apostólica feita por santos padres, pelo sangue dos mártires... É ser servo do evangelho e não senhor do evangelho.
 
 A presença máxima do Senhor Jesus neste mundo está no Santíssimo Sacramento. Bendito homem que comunga, escuta o Senhor e o obedece. Nós com tantas reuniões, reuniões e não se decide nada. As decisões são primeiro decididas no altar e depois no discernimento dos homens em comum acordo. A autoridade na pregação vem pela verdade e não em pregar alto ou baixo, com ou sem oratória... Eu não posso ser cegado pelo mundo, pois não sou como qualquer rebanho por aí, como se existisse outro evangelho."Invente seu evangelho", como fez Alan Kardeck, não!
 
Temos que aprender a perder a vida por Jesus, a viver o mistério da perseguição por Cristo. Onde está nossa esperança? Em Jesus, é lógico. Você não é daqueles que se vendem por qualquer coisa, mas sim que se entrega somente pelo evangelho. Quem realmente vive segundo o evangelho vai perdendo tudo,status, posição social, "amigos"... Nós ainda temos medo de pregar o evangelho na verdade, sem meio termo, sim se sim, não se não,porque o resto vem do maligno.
 
Não podemos ficar torturando o evangelho. Hoje as paróquias perderam a alegria pois apenas se lê o evangelho. A paroquia é adiministrada como um banco, para dar algo p/ os pobres tem que passar pelo conselho A,B,C.. até lá o pobre já morreu. Embora se tenha várias bíblias, elas não atraem ninguém, pois estão secularizadas, o povo só vai na missa por desencargo de consciência, se confessa apenas por ter feito algo errado...assim feito, volta-se ao lamassal.
Nossas paróquias tem apenas estruturas, mas não tem a liberdade. Quantos padres expulsos por falar a verdade? A corrupção (leigos endinheirados) que se ofendem pela verdade e conseguem tirar os padres profetas da paróquia. Quantos padres sofrendo por tentar tirar a bebida das festas de padroeiro paroquial. O jovem assim está aprendendo a beber na Igreja, isto é um absurdo. Paroquianos vivendo qualquer vidinha, não atraindo ninguém, este é o evangelho de Jesus Cristo? Vai celebrar uma Missa em memória de um ente querido tem que pagar 15 reais, ele nem tem esse dinheiro ,isto é o evangelho de Jesus? Dar o que não tem? Tira-se o tapete vermelho quando alguém pobre se casa, isto é o evangelho de Jesus?
 
VOCÊS LEIGOS TEM QUE METER A BOCA MESMO, ACABAR COM ISSO MESMO, TRANSPARECER JESUS CRISTO E NÃO "COMERCIALIZAR OS SACRAMENTOS".
 
Porque o evangelho é tão banalizado?
 
 É por nossa culpa, por não termos determinação. Se não mudarmos isso agora, nossa fé se tornará burocrática, não se formarão verdadeiros adoradores. Precisamos ser sinal de contradição,  respeitar a todos mas com a verdade do evangelho no coração, aqueles que berram não levam ninguém a lugar nenhum, os bispos de mentira (de outras denominações) estão atraindo mais que nós. Leigos sejam ardorosos, a Igreja católica coloca em vocês muita esperança.
 
Padre Roberto
(Trecho de uma homilia)

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Viemos do amor e vamos para o amor



Em todas as línguas, o verbo "amar" é lindo! É o próprio nome de Deus! Deus é amor em ação! Você é imagem e semelhança do Senhor; você é filho d'Ele. Por isso, você ama e foi criado para amar e não para odiar.


Quando estamos voltados para o Senhor, sentimos Seu amor e começamos a amar: voltamos à vida. Sabemos que passamos da morte para a vida, porque o amor de Deus está em nós. Por estarmos voltados para Ele, começamos a amar o próximo.

Não é possível amar os outros se não amamos a Deus em primeiro lugar. Assim como não é possível amar a Deus se não sentimos o amor d'Ele por nós.

Precisamos gastar toda capacidade de amar que nos foi dada pelo Senhor. Gastar tudo o que nos foi entregue. Esta é nossa grande alegria: se gastarmos a mais, se ultrapassarmos nosso limite, quando tivermos de ter paciência, quando tivermos de carregar nossos irmãos ou perdoar-lhes será o Senhor quem nos pagará. Ele nos promete: “Sou Eu que te pagarei na minha volta”.

Viemos do amor e vamos para o amor. Por isso, durante este tempo de vida aqui na terra, precisamos ser aprendizes do amor. Assim como aprendemos a cantar, cantando; a nadar, nadando; a tocar violão, tocando; também se aprende a amar, amando. Carlos Drummond de Andrade, o grande poeta mineiro, fez dessa verdade o título de um de seus livros: "Amar se aprende amando".

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Discernimento do estado de vida



A primeira e fundamental vocação da pessoa é a caridade, porque amar é viver a santidade desejada por Deus para cada um de seus filhos e filhas. Evidentemente falamos da Caridade de Cristo. Fui feito para amar em todas as circunstâncias e situações. E o que é amar? É dar a vida. Quando o amor dá menos do que a vida não é amor. Já afirma João Paulo II aos jovens:

“O amor é radical!”

 Deus quer um amor de nós efetivo, ou seja, não somente amar aos que me agradam, mas também os difíceis; Deus quer um amor afetivo - no sentido sadio, equilibrado -, ou seja, amor que se compromete.


As pessoas, particularmente os jovens, se inquietam muito com o discernimento do estado de vida e pedem sinais a Deus e às pessoas, porém, elas não percebem que o estado de vida é precedido por um louco apaixonamento por Deus, o que não tem nada a ver com fanatismo e alienação. Pergunto: “você se sente uma pessoa apaixonada por Deus?” e “estar renovando esse amor nas suas escolhas cotidianas?”.
 Discernir o estado de vida, obviamente, tem a parte que cabe a Deus, porém, a nossa parte é indispensável. Esta começa exatamente com a primazia que damos de Deus nas nossas vidas. Quando isto não acontece, como discernir bem a vontade de Deus para nós? Talvez estejamos muitos mais correndo atrás da satisfação de nossa vontade e caprichos, ainda que espirituais.


O papa João Paulo II afirma que o homem é um ser íntegro, inteiro. Desfaz-se, então, aquela concepção de “complementaridade para a cooperatividade”. 
Entendamos: quando o Magistério fala de “complementaridade entre homem e mulher”, não está dizendo que o homem e a mulher são incompletos no seu “Ser”, mas que ambos, criados na mesma dignidade de “Pessoa”, portanto, “inteiras”, são diferentes como homens e mulheres, são chamados a constituírem uma só carne, a viverem a comunhão como dom recíproco do amor, isso é complementaridade.

Quando o papa diz que o “homem é inteiro”, quer dizer que coopera na felicidade do outro, que é chamado à comunhão com Deus e a uma doação de si aos outros. Não é o esposo, a esposa o sentido essencial da vida do outro, mas Deus, a plenitude que nos plenifica. Assim podemos entender melhor a esponsalidade do matrimônio a Deus, sobretudo, do celibato. E tudo isso é radicado no amor, a vocação por excelência. O discernimento do estado de vida de uma pessoa precisa começar e terminar nessa doação de vida, o que é obra do amor de Deus em nós.

Antonio Marcos
Comunidade Shalom

terça-feira, 5 de abril de 2011

No irmão a força e o apoio para a vitória



Nenhum de nós está fora da tribulação; enquanto estivermos vivos, estaremos nessa realidade da prova, das aflições. Sempre estaremos vivendo alguma tribulação. Existem pessoas que querem começar um caminhada espiritual e não querem ter mais problemas; no entanto, as provações fazem parte da vida do ser humano.
Na tribulação você precisa ser forte, pois Deus já nos disse: “Sê forte e corajoso, não te acovardes”.


Considerai uma grande alegria, meus irmãos, quando tiverdes de passar por diversas provações, pois sabeis que a prova da fé produz em vós a constância. Ora, a constância deve levar a uma obra perfeita: que vos torneis perfeitos e íntegros, sem falta ou deficiência alguma.” (Tg 1,2-4)


Para chegarmos a esse estágio de sermos perfeitos, precisamos ser provados na fé. E eu lhe pergunto você tem fé? Seja uma fé provada ou imatura, está ela tem que ser provada, pois senão continuará tendo uma fé pequena. A sua fé por não ter sido provada, ou por não ter aceitado a prova, fica uma fé pequena.


Fé é o fundamento da esperança, é a capacidade de ver coisas que ainda não existem. Você tem essa fé e ela precisa ser provada. Uma mãe não vê o filho fora das drogas, isso é um teste, não desista dele, não desista do Senhor, não abandone a sua Igreja.


Para se ter esperança é necessário ter fé. Você tem fé, mas precisa aceitar o teste, em vez de ficar reclamando. Deus precisa provar sua fé, pois ela é sua base e quando mais forte estiver sua base, mais você poderá construir sobre ela. Tudo que você na Canção Nova, foi por causa de uma fé provada de um homem, Monsenhor Jonas Abib. Na sua casa será a mesma coisa, na sua fé, Deus construirá coisas maravilhosas.


Só passa por prova quem está vivo e essa prova é para o teste para que você possa ver os frutos. “pois sabeis que a prova da fé produz em vós a constância. Ora, a constância deve levar a uma obra perfeita: que vos torneis perfeitos e íntegros, sem falta ou deficiência alguma.”(Tg 1,3-4)
 
Para que temer ser um fraco na tribulação, se Deus nos dá condições para sermos fortes, o Senhor não diz que se rezarmos Ele tirará as tribulações, mas que nos dará forças para suportá-las. Não há como medir a tribulação de cada um, pois cada um sente o seu peso. Deus lhe chama a ser forte e corajoso e lhe dá dicas “Medita neste livro dia e noite” como você quer passar pelas tribulações se você não lê a Palavra de Deus?

A tribulação virá, paciência! Mas junto com ela a força de Deus, para fazer de você um superguerreiro para fazer você superar o problema. E o problema nunca aumenta, a primeira vez que você o olha, ele se aparenta enorme, mas depois de você rezar, você cresce e o problema não se aparenta mais tão grande e depois de rezar ainda mais, você crescerá mais e o conseguirá ver como pequeno.


Se sua tribulação for o seu marido, sua esposa, reze por ele/ela. Você é templo do Espírito Santo, mostre o lado da santidade, da dignidade. Existe testes e provas para todas as faixas etárias, mas o Senhor lhe diz hoje: “Coragem”.

Procure sempre se manter na constância inicial, Deus tem planos para você, mas só saberá se manter-se constante e forte nas tribulações.




Dunga
Canção Nova

sábado, 2 de abril de 2011

Juventude, tempo de crescer


Toda a vida do homem, em qualquer idade, é bela, pois ele é - como disse Santo Irineu, "a glória de Deus". No entanto, uma idade especial é a juventude, onde a pessoa está em sua fase de maior energia e de grandes conquistas.
 É nesta idade que a vida das pessoas normalmente se define. É neste tempo especial que o homem, qual um foguete, é lançado ao "espaço" da vida, para as conquistas de amanhã. Não tenha medo de se lançar.




É aqui que a vida começa a tomar rumo próprio; muitos deixam a casa dos pais para estudar ou trabalhar; começa a época bela do namoro; começa-se a construir a profissão e a família futura. Encontra-se com Deus. Encontra-se com a vida.


Podemos dizer que é o tempo da sementeira, onde aquilo que for semeado hoje será colhido amanhã. Por isso, não desperdice este tempo, não jogue fora a juventude. Sem dúvida, aquilo que você, jovem, semear hoje, colherá amanhã.


O importante hoje é a "cultura do corpo", não mais a do espírito; e esta inversão pôs o homem de cabeça para baixo. Por isto ele está desnorteado.


As academias de ginástica, os salões de beleza, os consultórios dos cirurgiões plásticos, se multiplicam a cada dia, mas os homens e as mulheres continuam infelizes. Falta-lhes algo invisível...


O valor maior da pessoa humana é o espírito, a alma criada à imagem do Criador; depois vem o corpo, a bela morada da alma. Se o corpo pesa sobre o espírito, este agoniza, e o homem fica aniquilado, frustrado, vazio.
Se você bater num tambor cheio de água, ele não fará barulho; mas se você bater num tambor vazio, vai fazer um barulhão. Os homens também são assim, fazem muito barulho quando estão vazios...



Não é à toa que a nossa geração é a que mais consome anti-depressivos e remédios para dormir, e necessita cada vez mais de psicólogos e psiquiatras. Não é mais o corpo que está doente; é a alma. E quando o espírito adoece, toda a pessoa fica enferma. O grande poeta francês Exupèry dizia que "o essencial é invisível aos olhos".


Quando você vê uma bela flor murchar, é como se ela estivesse lhe dizendo: "a beleza estava em mim, mas não me pertencia; Deus a tinha me emprestado". Se você ficar cultivando apenas o seu belo corpo e esquecer da sua alma, amanhã estará amargurado, pois, do mesmo jeito que a rosa murchou, o seu corpo também envelhecerá; e isto é para todos, de maneira inexorável.


A verdadeira beleza está na alma, no interior, é invisível aos olhos; ela só pode estar naquilo que não acaba; que o tempo não envelhece. Vi um jovem chorar amargurado porque o seu carro novo tinha batido; junto com o seu carro, ele tinha amassado a sua felicidade...


Ele quer que você descubra a felicidade, que não acaba, no seu interior, na sua alma, para que a sua felicidade seja autêntica e duradoura.


Deus lhe ama por aquilo que você é; e do jeito que você é.


Cultive o seu saber, a sua fé, sua espiritualidade, seus amigos e amigas, sua família, seu trabalho, sua profissão e seu Deus, muito mais do que o seu corpo. Aprenda a gastar mais o seu tempo e seu dinheiro em coisas e atividades que fazem você "crescer" naquilo que não passa e que o tempo não destrói.


Para ser belo é melhor parar "cinco minutos diante do espelho, dez diante de si mesmo, e quinze diante de Deus." Jovem, o valor de uma pessoa diante de Deus, não está nas aparências, mas no coração.


Temos muitos compromissos, mas pouco tempo...
 Gastamos muito e desfrutamos pouco...
Multiplicamos os nossos bens, mas reduzimos os valores humanos...
Falamos muito, mas amamos pouco e odiamos demais...
Temos casas mais lindas, porém mais famílias destruídas...
Conquistamos o espaço exterior, mas perdemos o espaço interior...
Temos mais prazer, porém menos alegria...

O grande filósofo francês Paul Claudel dizia que "o jovem não foi feito para o prazer, mas para o desafio".


Aí está jovem, diante de você, um belo desafio: não construir a sua felicidade numa vida de consumismo e de busca de prazer e de beleza física, que "encha os olhos" das pessoas quando o vê passar.


Construa a sua vida naquilo que os olhos não vêem, mas que é essencial: honra, saber, cultura, moral, caridade, bondade, mansidão, força de vontade, humildade, desapego, pureza, paciência, disponibilidade.


Tudo talvez estará contra você neste desafio, mas Deus estará com você. E isto basta.


(Prof. Felipe Aquino)